Comparação de métodos para estimativas volumétricas em diferentes espécies de pinus plantadas no Mato Grosso do Sul

Publicado 2021-07-27

  • Edilson Urbano
  • ,
  • Vitor Hugo dos Santos Simplicio
  • ,
  • Filipe Valadão do Prado Cacau


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Palavras-chave: Cubagem Rigorosa, Fator de Forma Natural, Quociente de Forma Natural

Resumo

O presente estudo teve como objetivo comparar diferentes métodos para estimativas volumétricas de espécies do gênero Pinus plantados na região de Mato Grosso do Sul. Os dados foram obtidos por dois métodos, o primeiro pelo método destrutivo, o qual foi aplicado em três árvores de quatro diferentes espécies de pinus (P. caribaea var. caribaea, P. elliottii var. elliottii x P. caribaea var. hondurensis (Híbrido), P. maximinoi e P. oocarpa). O segundo método foi realizado em 12 árvores cubadas em pé com o uso do dendrometro digital, totalizando 24 árvores, as quais foram cubadas pelo método de Hohenadl. Os métodos testados foram: fator de forma, quociente de forma, método dos dois diâmetros e equações volumétricas. Os resultados foram submetidos à análise de variância com nível de significância de 5%. Os modelos de Naslund e Stoate apresentaram os melhores resultados estatísticos e o melhor desempenho na análise gráfica de resíduos para as espécies P. oocarpa e P. maximinoi e o Híbrido. Já para a espécie P. caribaea var. caribaea, o método considerado mais preciso e com menor tendenciosidade, foi o método dos dois diâmetros, obtido através da mensuração do diâmetro nas alturas 1,3 e 2 metros. Entretanto, de acordo com a análise de variância, não há diferença significava entre o volume obtido usando os diferentes métodos em relação ao volume obtido por meio da cubagem rigorosa. Dessa forma, todos os métodos podem ser utilizados para estimar o volume das quatro espécies do gênero Pinus plantados na região de Mato Grosso do Sul.


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Como Citar

Urbano, E., Simplicio, V. H. dos S., & Cacau, F. V. do P. (2021). Comparação de métodos para estimativas volumétricas em diferentes espécies de pinus plantadas no Mato Grosso do Sul. Brazilian Journal of Biological Sciences, 8(19), 33–51. https://doi.org/10.21472/bjbs.v08n19-004

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