O Uso do Ácido Tranexâmico no Tratamento do Melasma Facial

Publicado 2024-11-21

  • Bianca Rejane Vieira
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  • Breno Cabral Diniz
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  • Claudia Sales Miranda
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  • Francilene Gonçalves de Almeida Loza
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  • Luciane Schayder Melo


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Palavras-chave: Ácido Tranexâmico, Melanose, Hiperpigmentação, Plasminogênio

Resumo

O melasma é uma condição crônica da pele caracterizada por manchas hipercrômicas irregulares. O tratamento envolve várias abordagens, como o uso de protetor solar (evitando os efeitos dos raios UV) e agentes despigmentantes (para clarear as machas), incluindo o ácido tranexâmico, que tem sido utilizado devido ao seu efeito de clareamento e na prevenção de pigmentação excessiva causada pela exposição ao sol. O presente trabalho realizou uma revisão da literatura científica dos últimos 10 anos sobre o ácido tranexâmico e sua eficácia no tratamento tópico e oral do melasma. A análise dos resultados dos seis ensaios clínicos selecionados mostrou que o ácido tranexâmico tópico, em concentrações de 2 a 5%, funciona bloqueando temporariamente a conversão de plasminogênio em plasmina, afetando assim a função dos queratinócitos, células da pele envolvidas na pigmentação, assim como a administração na forma oral também demonstrou redução da pigmentação dérmica. Concluiu-se que o ácido tranexâmico pode ser considerado uma opção segura e eficaz para o tratamento do melasma, demonstrando bons resultados em comparação com o placebo e outros agentes clareadores, com boa tolerância e poucos efeitos adversos. No entanto, são necessários mais estudos clínicos controlados e randomizados, com um número maior de participantes e acompanhamento a longo prazo, para entender melhor os efeitos de seu uso, como monoterapia ou em combinação com outras abordagens terapêuticas.


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Como Citar

Vieira, B. R., Diniz, B. C., Miranda, C. S., Loza, F. G. de A., & Melo, L. S. (2024). O Uso do Ácido Tranexâmico no Tratamento do Melasma Facial. Brazilian Journal of Biological Sciences, 11(25), e91 . https://doi.org/10.21472/bjbs.v11n25-026

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